Feiras cinzas Às vezes, livros mudam de cabeceiras, brinquedos entram nas brincadeiras de outras crianças e calçados de segunda mão envolvem pés prontos pra trilharem caminhos distintos. Nos travesseiros de fronhas lavadas, o alívio das consciências leves, cheiro de macela-do-campo e notas secas de missão cumprida, levemente amadeiradas. Reconheço as emoções que pesam e devem afundar até submergirem nas areias movediças da memória, devolvendo-me pras praias da tranquilidade. Falo sobre baldes de água fria com quantidades generosas de açúcar na superfície amarga das dores que cristalizaram. Deduro os desânimos que se exibem intelectualóides, nas páginas onde a forma asfixia o conteúdo dos sonhos, minando-os na base de convenções e normas empoladas. Se é que o que faz doer pode também fazer doar, então nem todo desapego atira pedras e tomates podres, né? Alquimias e compostagens transformam e adubam cada recomeço. Ora bolas, ora pois! Tá certo: qual será a mensagem que fica daquilo que parte junto com as paisagens,coisas e seres decididos ou forçados a não mais permanecerem por perto? |por @amarcelateofilo
No Instagram do Coletivo, a passarinho, junto com o @codinomeandorinha, cantamos e contamos um verso ilustrado por dia.
O poema foi editado no Carnaval. Então, tá explicado o título, né?
Transcrevendo e audiodescrevendo a legenda:
Ficar na paz dum lar mineiro,
“sinceramente” mantendo
o Sérgio Sampaio na trilha:
“Libertas quae sera ☆bão☆ tamem!”
Em 2024, pelos mais diversos motivos,
muita gente não vai “botar o bloco na rua”.
📷 “Recordar é viver. Eu ontem sonhei”
revendo esta foto do carnaval de 2018…
🎶 Não há nada mais bonito do que ser independente/E poder se conquistar, sair, chegar, assim tão simplesmente/Não há nada mais tranquilo do que ser o que se sente/E poder amar, perder, chorar, depois ganhar assim tão livremente/Não há nada mais sozinho do que ser inteligente e poder cantarolar, errar, desafinar, assim sinceramente…
| “Sinceramente”: canção composta por Sérgio Sampaio (voz).
#textoalt Selfie de Marcela: mulher de pele clara, olhos e cabelos castanhos. Ela usa roupas e acessórios de carnaval. Deitada lado de uma cachorrinha, sorri e registra a lembrança.
Planos pra participar de bloquinhos foram por água abaixo: parentes com dengue, impossibilidade de bater o martelo sobre companhia, deslocamento e por aí vai!
A cada card com trechinho de música fazendo trilha, pintavam transcrição, audiodescrição da imagem e referências.
Surpreendentemente, passamos a interagir com dezenas de poetas e comunidades literárias da rede. Aliás, nessa toada, recebemos os presentes que você encontra no fim da página de Boas-vindas.
Não é, inclusive, que o nosso ateliê de conteúdos (audio)visuais nem bem nasceu e já conta com registros e projetos coloridíssimos em fila?
Assim que o videopoema ficar pronto, a ideia é publicá-lo como abertura para os sete sucessos musicais que embalaram a experiência, dentro de uma “piulist” especial no YouTube.
Esperamos que você goste e que, em breve, possamos esticar a presente memória na parte que ainda está no forno! Até lá #ficaadica, que tal “bicar” no link a seguir e fazer um tour básico na inspiradora Audioteca aqui do site?
☆Ingresso pra entrar nas trilhas da Audioteca 🐦☆
Voz e letras de MARCELA (Colibri) reverberam escutas, (des)leituras e escritas num tanto de cirandas por aí. Graduada em Filosofia, mestre em Educação, transcritora, ledora, poeta, redatora e professora autora do projeto Fiapo (Filosofia a passarinho), ela “cria com” e coordena Coletivo Literário Hoje a passarinho☆